Ordenação sacerdotal de Dom Tomás de Aquino

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Comentários Eleison CCCLVII (357) – Infalibilidade da Igreja III

17 de maio de 2014

por Dom Williamson
Tradução: Andrea Patrícia (blogue Borboletas ao Luar)


As palavras e ações loucas do Papa Francisco estão levando atualmente muitos crentes católicos em direção ao sedevacantismo, uma corrente perigosa. A crença de que os Papas conciliares não foram e não são Papas pode começar como uma opinião, mas muito frequentemente se observa que a opinião se torna um dogma, e então uma armadilha de aço mental. Eu acho que muitos sedevacantistas estão com sérias dificuldades em raciocinar porque a crise sem precedente do Vaticano II causou em suas mentes e corações católicos uma angústia, e assim, para confortá-la, eles encontraram no sedevacantismo uma solução simples, e não desejam voltar a sentir a angústia pela reabertura da questão. Então, se empenham enfaticamente numa cruzada para que outros se juntem a eles em sua solução simples, e ao fazê-lo, muitos deles – não todos – acabam exprimindo uma arrogância e uma amargura que não são sinais ou frutos de um verdadeiro católico.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Comentários Eleison CCCXLIV (344) - Infalibilidade da Igreja II

15 de fevereiro de 2014

por Dom Williamson
Tradução: Andrea Patricia (blogue Borboletas ao Luar)


Há muito que deve ser dito sobre a infalibilidade da Igreja, especialmente com o propósito de corrigir ilusões que surgem (por erro) da definição da infalibilidade papal de 1870. Hoje em dia, por exemplo, os sedevacantistas e os liberais pensam que suas posições são completamente opostas; mas será que eles já se deram conta de que pensam de modo similar? – Premissa maior: os Papas são infalíveis. Premissa menor: os Papas conciliares são liberais. Conclusão liberal: devemos nos tornar liberais. Conclusão sedevacantista: eles não podem ser Papas. O erro não está nem na lógica, nem na premissa menor. Ele só pode estar em um engano de ambas as partes relacionado à infalibilidade da premissa maior. Novamente, o homem moderno põe a autoridade acima da verdade.

Deus Eterno é a própria Verdade, absolutamente infalível. No tempo criado, por meio de Seu Filho Encarnado, Ele instituiu Sua Igreja com uma doutrina para a salvação das almas. Por vir Dele, essa doutrina só pode ser inerrante, mas para mantê-la livre dos erros dos homens da Igreja, a quem Ele deveria confiá-la, seu Filho prometeu-lhes o “espírito da verdade” para guiá-los “para sempre” (Jo 14, 16). Pois de fato, sem uma tal garantia, como poderia Deus exigir dos homens, sob a pena da danação eterna, que creiam em Seu Filho, em Sua doutrina e em sua Igreja (Mc 16, 16)? 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Comentários Eleison CCCXLIII (343) - A Infalibilidade da Igreja I

8 de Fevereiro de 2014

por Dom Williamson
Tradução: Andrea Patrícia (blogue Borboletas ao Luar)


Provavelmente o principal problema dos sedevacantistas é a respeito da infalibilidade da Igreja (os Papas Conciliares são horrivelmente falíveis, então, como podem ser eles Papas?). Sem dúvida, a infalibilidade precisa ser considerada por mais razões do que simplesmente para aliviar o sedevacantismo. O problema moderno de preferir a autoridade à verdade é vasto.

“Infalibilidade” significa a inabilidade para errar ou cair no erro. O Concílio Vaticano Primeiro definiu em 1870 que o papa não poderia errar enquanto estivessem presentes quatro condições: ele deve (1) estar falando como Papa, (2) em uma questão de fé ou de moral, (3) de uma maneira definitiva, e (4) com a clara intenção de obrigar em consciência a toda a Igreja. Qualquer destes ensinamentos pertencem ao que se denomina o Magistério “Extraordinário” do Papa, porque por um lado os Papas raramente comprometem todas as quatro condições e por outro eles ensinam muitas outras doutrinas que não podem errar ou estarem equivocadas porque elas têm sido sempre ensinadas pela Igreja e, consequentemente, elas pertencem ao que o Vaticano I chamou “Magistério Universal Ordinário” da Igreja, também infalível. A pergunta é: como se relaciona o Magistério Extraordinário do Papa com o Magistério Ordinário da Igreja?