Ordenação sacerdotal de Dom Tomás de Aquino

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Comentários Eleison CDXXXVII (437) - Novus Ordo Missae – II

Por Dom Richard Nelson Williamson

Tradução: Cristoph Klug
28 de novembro de 2015

Os milagres eucarísticos estão onde
Deus Mesmo verdadeiramente se esconde.

Os fatos são obstinados – sempre e quando são fatos. Se leitores duvidam que o milagre eucarístico de 1996 em Buenos Aires é um fato, que eles realizem sua própria investigação: comecem, por exemplo, com http://youtu.be/3gPAbD43fTI. Mas se sua investigação deste caso os deixa sem se convencer, que eles então busquem o caso paralelo de Sokólka na Polônia onde todo um centro de peregrinação tem surgido em torno de um milagre eucarístico em 2008: vejam, por exemplo, jloughnan.tripod.com/sokolka.htm. E um pouco mais de investigação na internet descobrirá seguramente mais notícias dos tais milagres Novus Ordo, e ao menos alguns deles pareceriam autênticos.

Mas, como isso é possível? Os Católicos Tradicionais absorvem desde o início que o novo rito da Missa (NOM) é uma abominação aos olhos de Deus, e que tem ajudado a inúmeros Católicos a perder a Fé. Pois o NOM, tanto como o Vaticano II que ele seguiu, é ambíguo, favorece a heresia e tem conduzido a inumeráveis almas para fora da Igreja, para as quais a assistência regular ao rito protestantizado tem-nas convertido praticamente em protestantes. A maioria dos católicos tradicionais devem estar familiarizados com os sérios problemas doutrinais deste novo rito, elaborado para diminuir as doutrinas católicas essenciais da Presença Real, do Sacrifício propiciatório e do sacerdócio sacrificante, entre outros. Então, como pode Deus realizar milagres eucarísticos com este rito, tal como ele que fez de Sokólka um centro nacional de peregrinação para toda a Polônia?

Doutrinalmente, o NOM é ambíguo, num equilíbrio suspenso entre a religião de Deus e a religião Conciliar do homem. Porém, em questões de fé, a ambiguidade é mortal por estar normalmente feita para destruir a fé, como faz frequentemente o NOM. Mas como a ambiguidade está precisamente aberta a duas interpretações, assim o NOM não excluiu absolutamente a antiga religião. Através de um sacerdote devoto, suas ambiguidades podem ser todas dirigidas à direção antiga. Isso não torna o NOM aceitável como tal, porque sua ambiguidade intrínseca ainda favorece à nova direção, mas significa, por exemplo, que a Consagração pode mesmo assim ser válida, como Monsenhor Lefebvre nunca o negou. Mais ainda, se os milagres eucarísticos são genuínos, claramente nem todas as Consagrações de bispos Novus Ordo nem Ordenações de sacerdotes Novus Ordo são inválidas, Resumindo, o NOM como tal é mau como um todo, mau em partes, mas não mau em todas as suas partes.

Contudo, imaginemos com o maior dos respeitos, como Deus Todo-Poderoso se posiciona sobre o novo rito da Missa. Por um lado, Deus ama à Sua Igreja como a menina de Seus olhos e a preservará até o fim do mundo (Mt. XVI, 18). Por outro lado, Ele escolheu confiar seu governo a homens da Igreja humanos e falíveis, aos quais Ele guiará, mas a cujo livre arbítrio outorga evidentemente um grau notável de jogo livre para governá-la bem ou mal, começando com a traição a Seu próprio Filho. Agora, em tempos modernos, a Revolução, seja judaica, maçônica, comunista ou globalista, encontra seu principal adversário em Sua Igreja tem convertido especialmente os líderes da Igreja para destruir à Igreja. Seu êxito mais terrível foi o Vaticano II e sua NOM, os quais foram seguramente muitos mais pela culpa dos pastores que de suas ovelhas. “A fortaleza foi traída por aqueles mesmos que a deviam defendê-la”, disse São João Fisher em um momento paralelo da Reforma. Então, como cuidará Deus de Suas ovelhas, muitas das quais – não todas – são relativamente inocentes da traição Conciliar?

Depois do Vaticano II, alguns sacerdotes e leigos tiveram a graça de ver imediatamente que era como traição, e em uns poucos anos o movimento tradicional estava caminhando. A outras ovelhas Deus lhes conheceu a graça de percebê-lo mais tarde. Porém, não podemos todos admitir que há muitos bons católicos que confiaram em seus bispos, como bons católicos normalmente devem fazer? E, não é que todos estes bispos insistiram na mentira de que o NOM não era diferente da verdadeira Missa? O que especificou ao Vaticano II e à NOM foi precisamente a oficialização da heresia modernista dentro da Igreja. Então, não é que tem sentido que em castigo por sua mundanidade moderna estas ovelhas amplamente perderiam o verdadeiro rito da Missa, enquanto que em recompensa por seu desejo da Missa elas não perderiam uma Missa válida? Sem dúvida, o futuro da Igreja depende das almas que compreendem a essência da Revolução, e repudiam absolutamente todas as ambiguidades do Vaticano II e do NOM.


Comentários Eleison CDXXXVI (436) - Novus Ordo Missae – I

Por Monsenhor Richard Nelson Williamson

Tradução: Cristoph Klug
21 de novembro de 2015

Deus tem realizado milagres com a Nova Missa?
Quê!? Pois isso é o que sugere a pesquisa.

“Os fatos são coisas obstinadas” é uma famosa frase do segundo Presidente dos Estados Unidos, John Adams (1735–1826), “e quaisquer que sejam nossos desejos, nossas inclinações ou os ditames de nossa paixão, não podem alterar o estado dos fatos e a evidência.”. Concernente ao Novo Ordinário da Missa imposto para a Igreja inteira por Paulo VI em 1969, existem alguns fatos obstinados aptos a perturbar os “desejos e inclinações” dos católicos adeptos pela Tradição católica. Que sucessivos números destes “Comentários” mostrem, em primeiro lugar, alguns destes fatos; em segundo lugar vejamos como podem ser explicados, apesar do desastroso papel jogado durante os últimos 46 anos pelo NOM em ajudar aos católicos a perderem a Fé; e em terceiro lugar deliberemos sobre que conclusões deve um católico sábio tirar. Primeiro de tudo, alguns fatos:—

Em 18 de agosto de 1996, na Igreja Paroquial de Santa María no centro de Buenos Aires, o padre Alejandro Pezet terminava de distribuir a comunhão (de uma Missa nova, possivelmente), quando uma mulher lhe disse que havia uma hóstia descartada na saída da Igreja. Deve ter caído ao sair da Igreja um paroquiano que havia recebido a comunhão na mão e a abandonou no solo por não estar mais apta a ser consumida. O padre Pazet a levantou, pô-la corretamente em um vaso com água e a colocou no Tabernáculo onde em uns poucos dias normalmente se dissolveria e poderia ser descartada. Porém, quando em 26 de agosto o sacerdote abriu o Tabernáculo, qual não foi sua surpresa ao constatar que a hóstia havia se transformado em uma substância sangrenta. Fotos que foram tiradas 11 dias depois por ordens do Bispo Bergoglio, mostraram que havia aumentado consideravelmente de tamanho. Por três anos, manteve-se em estrito segredo no Tabernáculo, mas em 1999 o então Arcebispo Bergolgio decidiu levar a cabo uma análise científica. Em 15 de outubro de 1999, com a presença de testemunhas, ele permitiu ao Dr. Ricardo Castañón, neuro-psico-fisiólogo aprovado por Roma, tomar uma amostra para fazer provas.

O Dr. Castañón levou a mostra primeiramente a um laboratório forense em San Francisco que reconheceu DNA humano. Um Dr. Robert Lawrence localizou glóbulos brancos. Um Dr. Ardonidoli na Itália pensou que provavelmente fora tecido cardíaco. Um professor australiano, John Walker, reconheceu tecido muscular com glóbulos brancos intactos. Para eliminar qualquer dúvida, o Dr. Castañón se dirigiu a um renomado cardiologista e patologista da Universidade de Columbia, Nova York, o Dr. Frederico Zugibe, sem lhe dizer de onde provinha o espécime.

Olhando em seu microscópio, o Dr. Zugibe haveria dito, “Posso dizer-lhe claramente o que é. É parte do músculo que se acha na parede do ventrículo esquerdo do coração, que faz bater o coração e que lhe dá sua vida ao corpo. Entremeado no tecido há células brancas sanguíneas o qual me diz, em primeiro lugar, que o coração estava vivo no momento quando a mostra foi tomada porque as células brancas sanguíneas morrem fora do organismo vivo e, sem segundo lugar, porque as células vão em auxílio de uma lesão, então este coração sofreu. Este é o tipo de coisas que vejo em pacientes que foram golpeadas no peito”. Quando se lhe perguntou por quanto tempo estas células permaneceram vivas se provinham de uma amostra conservada em água, o Dr. Zugibe respondeu que haveriam deixado de existir em questão de minutos.

Quando, em junho de 1976, o Arcebispo Lefebvre estava perto de ordenar seu primeiro grande grupo de Sacerdotes da FSSPX, apesar da depreciação de Roma, um oficial romano veio lhe prometer o fim de todos os seus problemas com Roma se ele somente celebrasse um NOM. Baseado em princípios, por razões doutrinais, ele se negou. Então, como pode o Bom Deus ter realizado milagres eucarísticos com e por esta nova Missa? Leiam aqui na próxima semana uma resposta sugerida.


terça-feira, 24 de novembro de 2015

Ontem e hoje de Monsenhor Fellay


Sobre a reunião inter-religiosa em Fátima em outubro de 2003, disse o Superior geral da FSSPX:


Como poderíamos deixar passar em silêncio tais aberrações? Nós rejeitamos qualquer acordo diferenciado, afirmamos a contradição entre o verdadeiro e o falso e nossa firme vontade de não ter “nullam partem” em semelhante empresa já que, simplesmente, queremos seguir sendo católicos. É com horror e repugnância que nos afastamos dessa maneira de considerar a Igreja e de viver em “comunhão”. Como se pode pretender que a “Roma” modernista mudou, que se voltou favorável à Tradição? Quantas ilusões!”.
 Mons. Fellay, Carta aos amigos e benfeitores Nº 65, Dezembro 2003.

Sobre as reuniões inter-religiosas propiciadas por Francisco, como as recentes em Nova York ou no Vaticano na audiência geral, podem ser conferidas aqui as declarações de Mons. Fellay a respeito.

Em relação ao recente Sínodo destruidor da família, Mons. Fellay, já sem sentir “horror e repugnância” como anos atrás, apenas atinou a dizer sobre Francisco: “rezamos pelo Papa: oremus pro pontifice nostro Francisco, e permanecemos vigilantes: non tradat eum in manus inimicorum ejus[9], para que Deus não o entregue nas mãos de seus inimigos”. Mas, como comentou acertadamente um leitor em um site afim à Neo-Fraternidade:

rezamos pelo Papa: oremus pro pontifice nostro Francisco, e permanecemos vigilantes: non tradat eum in manus inimicorum ejus[9], para que Deus não o entregue nas mãos de seus inimigos...” Leio isto e me pergunto... Quem pensará Monsenhor Fellay que são os inimigos de Francisco? Porque na verdade, há uma tonelada de Santos, Doutores da Igreja e 2000 anos de magistério que são inimigos declarados de Bergoglio. Digo, nada mais...”. Exatamente: Francisco já declarou a guerra contra a Tradição, a todos nós, e tem pelo autêntico catolicismo por inimigo. Mons. Fellay não o vê, ou não o quer ver?

sábado, 21 de novembro de 2015

Como destronaram Jesus Cristo - Mons. Marcel Lefebvre


"No juízo final, Jesus Cristo acusará aos que o expulsaram da vida pública, e por este grande ultraje aplicará a mais terrível vingança."
Pio XI


Apesar do risco de repetir o que foi dito, volto ao tema da Realeza Social de Nosso Senhor Jesus Cristo, este dogma de fé católica, que ninguém pode por em dúvida sem ser um herege: sim, é isso: um herético!

Ainda eles tem fé?

O leitor pode julgar a fé agonizante no núncio apostólico de Berna. Mons. Marchioni, com quem tive a seguinte conversa em 31 de março de 1976 em Berna:
- Mons. Lefebvre: "Pode-se ver claramente coisas perigosas no Concílio (...). Na declaração sobre a liberdade religiosa há coisas contrárias aos ensinamentos dos papas: decidem-se que já não pode haver Estados católicos!"
- Núncio: "Mas é evidente!"
- Mons. Lefebvre: "Acredita o senhor que a supressão dos Estados católicos vá ser um bem para a Igreja?"
- Núncio: "O senhor compreende, se se faz isto se obterá uma maior liberdade religiosa entre os soviéticos!"
- Mons. Lefebvre: "Mas o que fazem os senhores do Reino Social de Nosso Senhor Jesus Cristo?"
- Núncio: "O senhor sabe, atualmente é impossível; talvez num futuro afastado?... Atualmente este reino está nos indivíduos; deve ser aberto às massas".
- Mons. Lefebvre: "E o que fazem da Encíclica Quas Primas?"
- Núncio: "Ah, hoje em dia o Papa não a escreveria."
- Mons. Lefebvre: "Sabe que na Colômbia foi a Santa Sé que pediu a supressão da constituição de Estado?"
- Núncio: "Sim, e aqui também."
- Mons. Lefebvre: " No valais?" (Província suíça)
- Núncio: "Sim no Valais. E veja, agora me convida para todas as reuniões."
- Mons. Lefebvre: "Então o senhor aprova a carta que Mons. Ada (Bispo de Sion, no Valais) escreveu a seus diocesanos para explicar porque deviam votar a favor da lei de separação da Igreja e do Estado?"
- Núncio: "Veja o senhor, o Reino Social de Nosso Senhor Jesus Cristo é atualmente algo difícil..."

Vocês veem, ele não acredita mais! É um dogma "impossível" ou "muito difícil", "que não seria mais escrito hoje". E quantos pensam assim atualmente! Quantos são incapazes de entender que a Redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo deve se realizar com a ajuda da sociedade civil, e que o Estado deve assim, nos limites da ordem temporal, ser o instrumento de aplicação da obra da Redenção. E eles lhe responderão:

"Ah são duas coisas diferentes, você mistura política e religião!"

Entretanto tudo foi criado por Nosso Senhor Jesus Cristo para complementar a obra da redenção. Tudo, inclusive a sociedade civil que também, como lhes disse, é uma criatura de Deus. A Sociedade civil não é para a criação da vontade dos homens, ela resulta antes de tudo da natureza social do homem, do fato que Deus criou os homens para que vivam em sociedade; isto faz parte da natureza criada por Deus. Portanto assim com os indivíduos, a sociedade deve render homenagem a Deus, seu autor e seu fim e ser útil ao plano redentor de Jesus Cristo.
Para apoiar sua tese funesta sobre a separação a Igreja e do Estado, os liberais de hoje e de ontem citam satisfeitos esta frase de Nosso Senhor: "Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus (Mt XXII,21); simplesmente deixam de dizer o que César deve a Deus! [grifo meu]


Mons. Marcel Lefebvre, in "Do liberalismo à Apostasia"

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

CARTA DE MONS. LEFEBVRE AO SANTO PADRE

† Ecône, 2 de junho de 1988

Beatíssimo Padre,


Os colóquios e encontros com o Cardeal Ratzinger e com os seus colaboradores, embora tenham decorrido numa atmosfera de cortesia e de caridade, convenceram-nos de que o momento de uma colaboração franca e eficaz ainda não tinha chegado.

Com efeito, se qualquer cristão está autorizado a pedir às autoridades competentes da Igreja que seja conservada a fé do seu batismo, que dizer em relação aos sacerdotes, religiosos e religiosas?

Foi para manter intacta a fé do nosso batismo que tivemos de nos opor ao espírito do Vaticano II e às reformas que ele inspirou.

O falso ecumenismo, que está na origem de todas as inovações do Concílio, na liturgia, nas novas relações da Igreja e do mundo, na concepção da própria Igreja, conduziu a Igreja à sua ruína e os católicos à apostasia.

Radicalmente opostos a esta destruição da nossa fé, e decididos a manter-nos na doutrina e na disciplina tradicional da Igreja, especialmente no que diz respeito à formação sacerdotal e à vida religiosa, sentimos necessidade absoluta de ter autoridades eclesiásticas que partilhem as nossas preocupações e nos ajudem a premunir-nos contra o espírito do Vaticano II e contra o espírito de Assis.

Foi por isso que pedimos vários bispos, escolhidos da Tradição, e, na Comissão Romana, a maioria dos membros, para nos protegermos da possibilidade de comprometerem os acordos. Tendo em conta a recusa a considerar os nossos pedidos, e sendo evidente que o objetivo dessa reconciliação não é em absoluto o mesmo para a Santa Sé e para nós, julgamos preferível esperar tempos mais propícios ao regresso de Roma à Tradição.

É por isso que nos dotaremos dos meios para prosseguir a Obra que a Providência nos confiou, certos, pela carta do S. E. o Cardeal Ratzinger de 30 de maio, de que a consagração episcopal não é contrária à vontade da Santa Sé, uma vez que é concedida para 15 de agosto.

Continuaremos a rezar para que a Roma moderna, infestada de modernismo, torne a ser a Roma católica e reencontre a sua Tradição bimilenar.

Então o problema da reconciliação deixará de ter a razão de ser, e a Igreja encontrará uma nova juventude. Dignai-vos aceitar, Beatíssimo Padre, a expressão dos meus sentimentos muito respeitosos e filialmente devotos em Jesus e Maria.

Marcel Lefebvre
Arcebispo-Bispo emérito de Tulle
Fundador da Fraternidade São Pio X

Apud Dom Lourenço Fleichman OSB, "Tradição versus Vaticano, Dossiê completo das negociações entre Mons. Lefebvre e o Vaticano. 1988-2001." Niterói: Editora Permanência, 2001.

sábado, 7 de novembro de 2015

Superior dos EUA: O reconhecimento da FSSPX por Roma é algo muito positivo

Fonte: Non Possumus


No sábado 31 de outubro pela tarde, o Pe. Wegner (Superior do Distrito dos Estados Unidos), deu uma conferência na capela Rainha dos Anjos em Dickinson, Texas. Na conferência, o padre falou de uma forma mais positiva em relação ao reconhecimento da FSSPX por Roma. Não deixou dúvidas que isso sucederá logo quando Francisco "nos aceite".

Da esquerda para a direita: Pe. Jurgen Wegner FSSPX, Dom Bernard Fellay FSSPX e Pe. Thomas Rosica



Depois, a outra parte da conferência esteve dirigida contra Dom Williamson de forma mais rígida. Ele disse: "Ninguém fez mais dano à FSSPX que Dom Williamson". O acusou de ser um "traidor", de "conhecer o dano" que a entrevista na que "negou o holocausto" causaria à Fraternidade, e haver feito de propósito. É estranho que um alemão não aprecie ter a alguém que diga a verdade para tirar a nuvem preta que ainda flutua sobre seu país e seu povo. Mas não, ele ataca a verdade e desonra o nome do mensageiro.

Isso é o que respondeu Dom Williamson ao Pe. Wegner (publicado com permissão):


Reverendo Padre, 


Me informaram que na capela Rainha dos Anjos, Texas, paróquia da FSSPX, o senhor disse recentemente que quando em Novembro de 2008 eu falei com o jornalista da TV sueca sobre o "holocausto", eu sabia perfeitamente o tamanho do dano que minhas observações ocasionariam à FSSPX, e apesar disso realizei minhas observações, pois eu positivamente queria causar dano à FSSPX. Presumo que esse relatório de suas palavras é substancialmente preciso (exato), porque esta é uma versão amplamente compartilhada sobre minhas intenções no momento.

Esta é a verdade, com a qual o senhor faça o que quiser, mas já será informado sobre isso:

Quando questionei os seis milhões e as câmaras de gás, para bem ou para mal, o pensamento da FSSPX não estava em minha mente no absoluto. Eu somente tinha algo, algo em mente: dizer o que eu considerei ser a verdade sobre uma questão muito importante da história moderna e a religião, porque o "holocausto" se converteu no substituto da religião mais estendido e influente dos tempos modernos.

Não espero nenhuma desculpa. Estarei agradecido se o senhor deixar de dizer contra-verdades em relação a minha intenção ao pronunciar essas famosas palavras. O senhor tem a palavra.

Com meus melhores desejos em Cristo.


+Richard Williamson.

Comentários Eleison CCLXXIII (273) - Mais Munição

Por Monsenhor Richard Nelson Williamson
Tradução: Mosteiro da Santa Cruz
Retirado de: Borboletas ao Luar


6 de outubro de 2012



Aproveitando o privilégio de ter uma variedade de amigos atirando em mim de todas as direções, eu não posso suportar a ideia deles ficarem sem munição, então aqui está uma coleção de balas e escudos recolhidos do campo de batalha. Os comentários foram feitos por sacerdotes, leigos e irmãs, principalmente chateados por certo episódio da história moderna sendo negado na TV sueca em novembro de 2008. (E novamente... e novamente...) Como os americanos dizem: “Aproveitem!”


“Esse bispo tem um temperamento forte, com muito prestígio e autoridade, por isso ele não poderia suportar não ser o número um na Fraternidade São Pio X. Desejando então ter seu nome nos livros de história, mas percebendo que com 68 anos de idade não teria mais chance de ser eleito Superior Geral, ele detonou na TV sueca a “bomba revisionista” a fim de chamar a atenção e aparecer como superior. Para ganhar influência ele estava disposto a arriscar a divisão da FSSPX.” 

“Ele decidiu, por meio de uma total provocação através de uma transmissão televisiva, a fim de sabotar as negociações Roma-FSSPX, que ele desaprovava. Mas estando em uma posição de subordinação, apenas por meio de um escândalo é que ele teria condições de parar o diálogo e o acordo que poderiam ter vindo delas.” 

“Ele adora provocar porque ele é um infiltrado, um ex-anglicano que é ainda basicamente hostil à Igreja Católica. Qualquer acordo Roma-FSSPX ele iria querer bloquear, porque seria muito favorável à FSSPX, isto é, à Igreja Católica.” 

“Ele é um sobrenaturalista iluminado, um maníaco da conspiração, obcecado com o perigo judaico. Ele vê o Apocalipse vindo amanhã. Nem ele e nem o Revisionismo são sérios.” 


“Ele tem qualidades naturais que fazem dele mundano e ambicioso. Ele estava acostumado a ter todo mundo prestando-lhe homenagens. Ele costumava ter influência sobre muitas pessoas, e era tratado como um pequeno deus no tempo em que ainda viajava bastante. No entanto, por causa de suas qualidades pessoais, ele é orgulhoso, e tem ciúme de Dom Fellay, e então foi inveja e ressentimento o que ele soltou na TV sueca.” 

“Na verdade, muito antes do caso sueco ele já era bastante político e muito independente do resto da FSSPX, cujo espírito não compartilhava inteiramente. Em 2004 ele atacou publicamente a liderança da FSSPX por seu espírito jansenistizante e seu sobrenaturalismo. Na realidade, ele estava apenas acertando contas pessoais, como clérigos são susceptíveis de fazer.” 

“Sua originalidade anda junto com uma completa falta de senso de responsabilidade, e é por isso que ele montou em seu cavalo de batalha antissemita em público sem pensar em nenhum momento sobre o mal que ele poderia fazer à Tradição. Na verdade, ele foi manipulado por fascistas e neopagãos, ou pelo menos ele foi explorado por eles. Ele não buscava poder pessoal naquela ocasião, mas ele é imprevisível, e ele não é de confiança.”


E todas essas coisas estão sendo ditas sobre mim! Eu simplesmente adoro a atenção!

Kyrie eleison.

Críticas I

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Excelente declaração do Civitas sobre o Sínodo


Tradução: Cristoph Klug

O Instituto Civitas realizou uma Declaração Solene contra o Sínodo e contra as manobras dirigidas para que a FSSPX seja reconhecida pela Roma conciliar. Esta Declaração foi pontualmente atacada por Jacques Regis du Cray, pois esta foi publicada apenas 48 horas depois da “muito cordial” declaração de Mons. Fellay. Curiosamente, a Declaração foi publicada por La Porte Latine, até agora o site oficial da FSSPX na França. A explicação deste paradoxo estaria no fato de que os chefes do Civitas têm acesso direto à administração do site La Porte Latine. Até hoje, eles têm lutado contra o acordo-reconhecimento da FSSPX por parte de Roma desde o interior da Fraternidade. No Le Forum Catholique, os acorditas fraternitários vêm dizendo desde há muito tempo coisas como as seguintes: “fechem então La Puerta Letrina, Nemo é demasiadamente amável ao chamá-la de jornaleco”; “Demos à FSSPX uma imagem honorável, desligamo-nos de La Porte Latine e seu aiatolá mal-acabado”; “La Porte Latine é uma m.....”; “La Porte Latine é administrada por leigos, aiatolás da Fraternidade, loucos de Alá”; etc. E no blogue chamado “Amigos da PorteLatine”, deixam bem claro que este é o único site oficial da verdadeira Tradição Católica na França.

Sabemos desde há muito, por outro lado, que a FSSPX tem preparada uma Neo-Porte Latine mais acorde aos novos ventos que sopram na Fraternidade (conferir aqui). Não terá sido possível lançar o novo site? Medo de uma grande ruptura com muitos sacerdotes e fiéis anti-acordistas que ainda permanecem dentro da FSSPX? Muito provavelmente.

Tradinews nos informa, além disso (extrato): Civitas, no início muito próximo à FSSPX, anuncia em termos bastante diretos que não seguirá a esta em sua eventual reconciliação com Roma. E que se passará aos que a deixaram, a chamada “Resistência”. Desde t
odos os pontos de vista, a FSSPX tem se distanciado do Civitas na medida em que o instituto começou sua virada “nacional católica”, patchwork de todas as manifestações da direita da direita da direita. Dito de outro modo, o trio residual do Civitas declara a guerra ao caminho que tomará indubitavelmente a FSSPX, e se dá ao luxo de fazê-lo desde o site francês da mencionada FSSPX. Um amigo me escreveu “surpreendido de ver que o Civitas mesmo assim tem acesso à La Porte Latine”. Eu lhe respondo que a verdadeira questão é mais bem saber se a FSSPX ainda dirige seu site. Alguns duvidam.




DECLARAÇÃO SOLENE DO INSTITUTO CIVITAS



SITE OFICIAL DO CIVITAS (destacamos o parágrafo mais relevante)



O Sínodo da família, pensado e organizado pelo Papa Francisco durante os meses de outubro de 2014 e 2015, tem mostrado que uma grande parte das mais altas autoridades da Igreja querem impor um olhar positivo sobre a homossexualidade e relativizar ­– inclusive legitimar – os divórcios e as uniões adúlteras.



É com esta última finalidade que o papa Francisco promulgou o Motu Proprio Mitis Iudex Dominus Iesus, que institui sem dizê-lo a possibilidade do divórcio na Igreja. Esta finalidade está presente no documento final do Sínodo, o qual afirma (nº 84-86) o primado da consciência individual, favorecendo o interesse individual dos cônjuges a expensas da mesma instituição do matrimônio.


Esta revolução, saída diretamente do espírito antropocêntrico e relativista do Concílio Vaticano II, constitui um ataque suplementar contra a ordem instituída pelo Criador. Ela gera repercussões diretas sobre a ordem social, o matrimônio cristão que é por sua vez uma realidade sacramental e a pedra angular que funda a sociedade.



É por isso que

- O Instituto Civitas reitera sua firme oposição a todas estas pérfidas manobras que destroem em profundidade a família e a sociedade. 

- Retomando textualmente as palavras do grande arcebispo Monsenhor Marcel Lefebvre, promulgadas em 21 de novembro de 1974, o Instituto Civitas proclama: “Nós aderimos de todo coração, com toda nossa alma, à Roma católica guardiã da fé católica e das tradições necessárias para a preservação desta fé, à Roma eterna, mestra de sabedoria e de verdade. Pelo contrário, negamo-nos e negaremos sempre a seguir a Roma de tendência neo-modernista e neo-protestante que se manifestou claramente no Concílio Vaticano II e despois do Concílio em todas as reformas que deste saíram”. 

- O Instituto Civitas jamais aceitará calar-se nem se subscreve à estratégia de sepultamento que consiste em fazer-se aceitar por aqueles que destroem a Igreja e a sociedade, tanto no interior como no exterior. Com efeito, é impossível trabalhar na cristianização da sociedade colaborando precisamente com aqueles que a subvertem. 

- O Instituto Civitas reafirma sua vontade, sejam quais forem as consequências, de trabalhar agora e sempre, oportuna e inoportunamente, pela cristianização de nossa sociedade. Com este fim, o Instituto Civitas continuará oferecendo sua colaboração aos sacerdotes fiéis à Tradição Católica para assisti-los e ajudá-los em suas atividades apostólicas, e solicitará sua colaboração e sua cooperação em suas atividades próprias, políticas ou sociais. Também quer ser um exemplo de colaboração livre e frutuosa entre o temporal e o espiritual, destruída pelo laicismo anticristão.




Paris, em 25 de outubro de 2015, Festa de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei.

domingo, 1 de novembro de 2015

A profecia de São Simeão: E uma espada trespassará a tua alma...

Pela profecia de Simeão é despertada na alma de Maria o pressentimento de um mistério infinitamente doloroso na vida de seu Filho. Até então Ela não havia escutado senão as palavras de Gabriel que lhe anunciava para Jesus o trono de seu pai David (I, 32). Simeão confirma-as no v. 32, mas introduz uma espada – a rejeição do Messias por Israel (v. 34) – cuja imensa tragédia Maria conhecerá ao pé da Cruz.

São Simeão a Maria: "E uma espada trespassará a tua alma, a fim de se descobrirem os pensamentos escondidos nos corações de muitos." (Lc II, 35)

O que há de se imitar primeiro n’Ela é essa fé que Isabel lhe havia assinalado com sua grande bem-aventurança (Lc. I, 45). A fé de Maria não vacila, mesmo que humanamente todo o divino parece falhar aqui, pois a profecia do anjo lhe havia prometido para seu filho o trono de David (Lc I, 32), e a de Simeão (Lc II, 32), que Ele havia de ser não somente “luz para ser revelada às nações” mas também “a glória de seu povo de Israel” que de tal maneira o rechaçava e o entregava à morte por meio do poder romano. “O justo viverá de fé” (Rm I, 17) e Maria guardou tais palavras meditando-as em seu coração [em sua alma] (Lc II, 19 e 51; 11, 28) e creu contra toda a aparência (Rm IV, 18), assim como Abraão, o pai dos que creem, não duvidou da promessa de uma numerosíssima descendência, nem mesmo quando Deus lhe mandava matar ao único filho de sua velhice que devia lhe dar essa descendência (Gn XXI, 12; XXII, 1; Eclo XLIV, 21; Hb XI, 17-19)