Ordenação sacerdotal de Dom Tomás de Aquino

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Comentários Eleison CDXXXVII (437) - Novus Ordo Missae – II

Por Dom Richard Nelson Williamson

Tradução: Cristoph Klug
28 de novembro de 2015

Os milagres eucarísticos estão onde
Deus Mesmo verdadeiramente se esconde.

Os fatos são obstinados – sempre e quando são fatos. Se leitores duvidam que o milagre eucarístico de 1996 em Buenos Aires é um fato, que eles realizem sua própria investigação: comecem, por exemplo, com http://youtu.be/3gPAbD43fTI. Mas se sua investigação deste caso os deixa sem se convencer, que eles então busquem o caso paralelo de Sokólka na Polônia onde todo um centro de peregrinação tem surgido em torno de um milagre eucarístico em 2008: vejam, por exemplo, jloughnan.tripod.com/sokolka.htm. E um pouco mais de investigação na internet descobrirá seguramente mais notícias dos tais milagres Novus Ordo, e ao menos alguns deles pareceriam autênticos.

Mas, como isso é possível? Os Católicos Tradicionais absorvem desde o início que o novo rito da Missa (NOM) é uma abominação aos olhos de Deus, e que tem ajudado a inúmeros Católicos a perder a Fé. Pois o NOM, tanto como o Vaticano II que ele seguiu, é ambíguo, favorece a heresia e tem conduzido a inumeráveis almas para fora da Igreja, para as quais a assistência regular ao rito protestantizado tem-nas convertido praticamente em protestantes. A maioria dos católicos tradicionais devem estar familiarizados com os sérios problemas doutrinais deste novo rito, elaborado para diminuir as doutrinas católicas essenciais da Presença Real, do Sacrifício propiciatório e do sacerdócio sacrificante, entre outros. Então, como pode Deus realizar milagres eucarísticos com este rito, tal como ele que fez de Sokólka um centro nacional de peregrinação para toda a Polônia?

Doutrinalmente, o NOM é ambíguo, num equilíbrio suspenso entre a religião de Deus e a religião Conciliar do homem. Porém, em questões de fé, a ambiguidade é mortal por estar normalmente feita para destruir a fé, como faz frequentemente o NOM. Mas como a ambiguidade está precisamente aberta a duas interpretações, assim o NOM não excluiu absolutamente a antiga religião. Através de um sacerdote devoto, suas ambiguidades podem ser todas dirigidas à direção antiga. Isso não torna o NOM aceitável como tal, porque sua ambiguidade intrínseca ainda favorece à nova direção, mas significa, por exemplo, que a Consagração pode mesmo assim ser válida, como Monsenhor Lefebvre nunca o negou. Mais ainda, se os milagres eucarísticos são genuínos, claramente nem todas as Consagrações de bispos Novus Ordo nem Ordenações de sacerdotes Novus Ordo são inválidas, Resumindo, o NOM como tal é mau como um todo, mau em partes, mas não mau em todas as suas partes.

Contudo, imaginemos com o maior dos respeitos, como Deus Todo-Poderoso se posiciona sobre o novo rito da Missa. Por um lado, Deus ama à Sua Igreja como a menina de Seus olhos e a preservará até o fim do mundo (Mt. XVI, 18). Por outro lado, Ele escolheu confiar seu governo a homens da Igreja humanos e falíveis, aos quais Ele guiará, mas a cujo livre arbítrio outorga evidentemente um grau notável de jogo livre para governá-la bem ou mal, começando com a traição a Seu próprio Filho. Agora, em tempos modernos, a Revolução, seja judaica, maçônica, comunista ou globalista, encontra seu principal adversário em Sua Igreja tem convertido especialmente os líderes da Igreja para destruir à Igreja. Seu êxito mais terrível foi o Vaticano II e sua NOM, os quais foram seguramente muitos mais pela culpa dos pastores que de suas ovelhas. “A fortaleza foi traída por aqueles mesmos que a deviam defendê-la”, disse São João Fisher em um momento paralelo da Reforma. Então, como cuidará Deus de Suas ovelhas, muitas das quais – não todas – são relativamente inocentes da traição Conciliar?

Depois do Vaticano II, alguns sacerdotes e leigos tiveram a graça de ver imediatamente que era como traição, e em uns poucos anos o movimento tradicional estava caminhando. A outras ovelhas Deus lhes conheceu a graça de percebê-lo mais tarde. Porém, não podemos todos admitir que há muitos bons católicos que confiaram em seus bispos, como bons católicos normalmente devem fazer? E, não é que todos estes bispos insistiram na mentira de que o NOM não era diferente da verdadeira Missa? O que especificou ao Vaticano II e à NOM foi precisamente a oficialização da heresia modernista dentro da Igreja. Então, não é que tem sentido que em castigo por sua mundanidade moderna estas ovelhas amplamente perderiam o verdadeiro rito da Missa, enquanto que em recompensa por seu desejo da Missa elas não perderiam uma Missa válida? Sem dúvida, o futuro da Igreja depende das almas que compreendem a essência da Revolução, e repudiam absolutamente todas as ambiguidades do Vaticano II e do NOM.


Nenhum comentário:

Postar um comentário