Ordenação sacerdotal de Dom Tomás de Aquino

domingo, 19 de junho de 2016

Comentários Eleison CDXLVI (466) - A Trapaça do Antissemitismo

Por Dom Richard Williamson
Tradução: Andrea Patricia (blog Borboletas ao Luar)
18 de junho de 2016
É a palavra “antissemita” brandida como uma espada?
Apenas peça a quem a brande para que a defina.



Há palavras traiçoeiras que parecem significar uma coisa, mas que são empregadas para significar outra completamente diferente. Uma das mais traiçoeiras de todas é a palavra “antissemitismo”. Esta parece significar oposição a todos os judeus pura e simplesmente porque são judeus; nesse sentido, ela condena corretamente algo mau, porque alguns judeus são perversos, mas é certo que nem todos o são. Por outro lado, é frequentemente utilizada para condenar qualquer oposição a tudo que os judeus fazem, e então a palavra está erradamente condenando algo bom, porque sempre que os judeus fizerem algo ruim, então a oposição a eles é boa. Mas os judeus fazem coisas ruins? Obviamente. Eles criaram o islã para os árabes, a maçonaria para os gentios e o comunismo para o mundo moderno, todos os três, primeiramente, para lutar contra Jesus Cristo e o Cristianismo e, então, enviar almas para o inferno.

Um livro que todos os católicos deveriam ler, os que querem defender a Igreja contra o islã, a maçonaria e o comunismo, agora globalismo, é Complô Contra a Igreja, de Maurice Pinay. O livro foi escrito pouco antes do Vaticano II para ser posto nas mãos de todos os padres conciliares e alertá-los sobre o grande perigo no qual a Igreja se encontraria no Concílio. Efetivamente. Os padres do Concílio acabaram por louvar o islã (Unitatis Redintegratio), adotar princípios maçônicos (Dignitatis Humanae) e nunca mencionar, e menos ainda condenar, o maléfico sistema comunista. Eis como em seu capítulo “Antissemitismo e Cristianismo”, Maurice Pinay analisa a traição da palavra “antissemitismo”:

domingo, 5 de junho de 2016

Comentários Eleison CDLXIV (464) - Igreja Abandonada?


Por Dom Richard Williamson
Tradução: Cristoph Klug
Tradução do Salmo: Pe. Matos Soares, Antigo Testamento, 1944.

04 de junho de 2016

Em circunstâncias de massiva desesperação
O Salmista ensina confiança em Deus e oração.

Como dia após dia o caos aumenta em quase tudo e em todos ao nosso redor, e dentro da Igreja parece como se todos estivessem contra todos, certamente é tranquilizador saber que o Salmista de talvez 3000 anos atrás clamou a Deus para que viesse em auxílio de Seu povo, em sofrimento similar por seus inimigos. Então, como agora, eles se levantaram em seu orgulho contra Ele, seu orgulho “ascende continuamente”, eles têm feito todo o possível para destruir Seu Templo e Sua Religião, e Ele parece ter-lhes outorgado muito êxito. Eis aqui o Salmo 73 (74), com pequenas notas entre parêntesis: —

A. Como Deus pode estar permitindo o triunfo de Seus inimigos contra Sua própria Igreja?

[1] Por que razão, ó Deus, nos desamparaste para sempre? (Por que razão) se acendeu o teu furor contra as ovelhas do teu pasto? [2] Lembra-te da tua família (Igreja católica), que possuíste desde o princípio. Tu recuperaste o cetro da tua herança; o monte de Sião (Igreja católica), em que habitaste. [3] Levanta as tuas mãos contra a sua soberba (inimigos de Deus) sem limites. Quantas maldades cometeu o inimigo no santuário! [4] E os que te odeiam, gloriam-se (de te insultar) no meio da tua solenidade. Hastearam os seus estandartes como troféus; [5] e não respeitaram (a santidade de Deus) nem as eminências nem as saídas (portas e cimo do Templo). Como num bosque de árvores com machados [6] despedaçaram à porfia as suas portas; com machado e martelo (Vaticano II) tudo derribaram. [7] Puseram fogo ao teu santuário; na terra profanaram o tabernáculo do teu nome (Igreja católica). [8] Disseram no seu coração com os das suas parentelas: Façamos cessar na terra todos os dias de festas consagrados a Deus (liturgia católica). [9] Não vemos mais os nossos estandartes; já não há um profeta (que nos guie); e (Deus) não nos conhecerá daqui em diante (Deus renunciou. Estamos por nossa conta). [10] Até quando, ó Deus, nos insultará o inimigo? O adversário há de blasfemar sempre? [11] Por quê retrais a tua mão? Por quê não tiras a tua direita do teu seio de uma vez por todas?

B. Porém Deus é o Mestre da salvação, da História e da Natureza.

[12] Mas Deus, que é nosso rei antes dos séculos, operou no meio da terra. [13] Tu com o teu poder deste solidez ao mar (Mar Vermelho), pisaste as cabeças dos dragões nas águas (Egípcios); [14] Tu quebraste as cabeças do dragão (Rei Egípcio); deste-o por comida aos povos da Etiópia. [15] Tu fizeste brotar fontes e torrentes; tu secaste os rios de Etã (de forte corrente; por exemplo Js III). [16] Teu é o dia, e tua é a noite; tu criaste a aurora e o sol. [17] Tu estabeleceste todos os limites da terra; o estio e a primavera tu os formaste.

C. Ó Deus, não esqueças a teu próprio povo humilde e esmaga a teus orgulhosos inimigos.

[18] Lembra-te disto: o inimigo ultrajou o Senhor, e um povo insensato blasfemou do teu nome. [19] Não entregues às feras as almas que te louvam, e não esqueças para sempre as almas dos teus pobres. [20] Olha para a tua aliança (Novo Testamento), porque todos os lugares obscuros do país estão cheios de antros de iniquidade; [21] Não se volte confundido o humilde; o pobre e o desvalido louvarão o teu nome. [22] Levanta-te, ó Deus, julga a tua causa; lembra-te dos ultrajes feitos contra ti, dos ultrajes com que um povo néscio te injuria continuamente. [23] Não te esqueças dos clamores dos teus inimigos. A soberba daqueles que te aborrecem aumenta continuamente.



Kyrie eleison.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Comentários Eleison CDLXIII (463) - Ilusões sobre a "Normalização"

Por Dom Richard Williamson
Tradução: Andrea Patrícia (Borboletas ao Luar)
 
Entre a Fraternidade e Roma, um grande abismo aparece,
Nele toda reconciliação perece.


Que todos os superiores da FSSPX que participarão da iminente reunião para considerar a última oferta de Roma em relação à reconciliação ponderem bem os comentários do Pe. Girouard sobre as recentes declarações do Pe. Schmidberger (ver CE 457):

A) No parágrafo IV, o Pe. Schmidberger diz que Dom Lefebvre buscava o reconhecimento mesmo depois das consagrações de 1988, mas falha em não mencionar que o Arcebispo estabeleceu condições: um retorno total da parte de Roma aos documentos antiliberais e antimodernistas dos Papas Tradicionais. O mesmo parágrafo afirma que a FSSPX não busca uma reaproximação com Roma, mas que esta a iniciou em 2000. O Pe. S. também não menciona que os encontros do GREC, que procurava “normalizar” a Fraternidade, começaram em 1997, com a bênção de Dom Fellay.

B) No parágrafo V, a carta afirma que Roma diminuiu grandemente suas condições para uma normalização, e que este, então, é o momento ideal para que nós a aceitemos. O Pe. S. falha em não compreender que a redução das exigências por parte de Roma se dá por que: 1 - a FSSPX já mudou a imagem de sua marca, e se tornou, então, mais agradável a Roma; 2 – Roma sabe que uma maior liberalização da FSSPX acontecerá naturalmente depois da normalização.

C) No parágrafo VI (respostas a objeções) # 3, o Pe. S. diz que a FSSPX não se silenciará depois da normalização. Mas, de fato, ela já vêm fazendo isso! E tem-no feito por anos! As reações da FSSPX a Assis 3, às Jornadas Mundiais da Juventude, às “canonizações/beatificações” dos papas J XXIII, JP II e Paulo VI, aos Sínodos da Família e à última Encíclica do Papa Francisco (Amoris Laetitia), e a outros escândalos não foram nada mais que submissos e leves “tapinhas na mão”. Assim, isto ficará pior depois da normalização, já que a FSSPX temerá perder o que tantas penas lhe tem custado para adquirir.

D) No parágrafo VI, # 4, o Pe. S. diz que temos de nos tornar tão úteis quanto for possível à Igreja, o que significa que a FSSPX deve ser normalizada para melhorar a Igreja desde seu interior. Minha resposta a isto é a mesma que em B e C: uma vez absorvida pela estrutura oficial modernista, a FSSPX, que já perdeu sua “salinidade”, será esmagada por más influências, e sua mensagem e suas ações terão paulatinamente menos efeito.

E) No parágrafo VI, #5, o Pe. S. diz que todo o ponto da situação é o seguinte: “Quem converterá quem?” E que precisamos ser fortes, e seremos nós os que converteremos os modernistas, assim que estivermos dentro. Este é o mesmo tipo de raciocínio que alguém que quer alugar um quarto num bordel para converter as prostitutas e seus clientes! É um pecado de presunção.

F) No parágrafo VI, #6, o Pe. S. diz que não estamos enfrentando os mesmos problemas e tentações que as outras comunidades tradicionais que se incorporaram a Roma e traíram o combate, porque elas normalmente começaram o processo com culpa, enquanto que, no caso da FSSPX, foi Roma que o iniciou em 2000. Minha resposta a esta é a mesma que em A: o GREC começou o processo em 1997, com a bênção de Dom Fellay.

G) No parágrafo VII (Conclusão), o Pe. S. diz que não devemos temer, porque a Fraternidade foi consagrada à BVM, e Ela nos protegerá. O que ele não menciona são as muitas congregações e pessoas consagradas a Ela que têm perecido desde o Vaticano II! Basta pensar nos Oblatos de Maria Imaculada, nos Servos de Maria, e em tantos outros! A BVM nunca ajudará aqueles que se colocam voluntariamente em ocasião de pecado e de destruição! Acreditar no contrário é zombar dela e de Deus! Mais uma vez, um pecado de presunção! Este não é o melhor caminho, para dizer o mínimo, para trabalhar na conversão de Roma e na reconstrução da Igreja!

E tudo o que resta dizer, quando a Fraternidade estiver “normalizada”, é: RIP FSSPX, e que Deus tenha piedade de nós!


Kyrie eleison.