Ordenação sacerdotal de Dom Tomás de Aquino

sábado, 7 de abril de 2018

Voz de Fátima, Voz de Deus - Nº 57

Mosteiro da Santa Cruz
7 de abril de 2018

      Fundada em 1717 a Maçonaria foi condenada por Clemente XII em sua encíclica In Eminente de 28 de abril de 1738, ou seja, 21 anos após a sua fundação.

      Como se não bastasse esta condenação, os sucessores de Clemente XII voltaram ao assunto denunciando sem cessar a seita maçônica e suas doutrinas. Esta repetição pela qual um papa retoma o que seus predecessores disseram tem grande importância. “Quando um Papa denuncia ou afirma algo apoiando-se sobre o passado, isto reforça a sua própria palavra. (…) Uma doutrina que é ensinada desta maneira, uma condenação feita desta forma parece ser infalível”, diz Dom Lefebvre (C´est moi l´accusé…Editions Clovis, 2014, pag. 142).

      Como nota o Pe. Guy Castelain, da Fraternidade São Pio X, a simples encíclica In Eminenti já parece engajar a infalibilidade pontifícia, pois nela o papa fala como Supremo Pastor, definindo claramente o que deve ser observado, num assunto de fé e de moral, obrigando a todos os fiéis, sem exceção.

      Entre os documentos mais significativos que se seguiram aos de Clemente XII podemos citar as encíclicas: Providas (de Bento XIV, 1751), Ecclesiam (de Pio VII, 1821), Quo Graviora (de Leão XII, 1826), Qui Pluribus (de Pio IX, 1846), Humanum Genus (de Leão XII, 1884). Não foi, porém, só nestas encíclicas que a Igreja falou e condenou a Maçonaria. O “Sommaire de Théologie Tomastique”, publicado em 1969 pelas “Editions de Bien Public”, Canadè, indica o impressionante número de 200, os documentos da Igreja que mencionaram a Maçonaria. O livro ”Les enseignements originaux des popes sur la Franc-maçonnerie de 1717 ò nos jours”, éditions Téqui França, traz o texto de quase 30 entre eles.

      Mas qual é a finalidade que se propõe a Maçonaria para ser objeto de tal condenação? Sua finalidade, nos diz Leão XIII, é a destruir inteiramente toda ordem religiosa e social nascida das instituições cristãs. Destruir o reino religioso e social do Xto. Rei, ou seja, destruir toda ordem sobrenatural e estabelecer uma ordem fundada no naturalismo, para não dizer no satanismo pois é aí que se terminará esta empresa que prepara a vinda do Anticristo.

      São Pio X, desde a primeira encíclica de seu pontificado descreve o plano destes infelizes obstinados:

      “Em nossos dias, é bem verdade, as nações espumaram e os povos meditaram projetos insensatos contra o seu Criador. E tornou-se quase universal o brado dos inimigos: “Retirai-vos para longe de nós”. Daí, na maioria dos homens, uma rejeição total de todo respeito por Deus. Daí os costumes de vida tanto privados como públicos nos quais não se tem em nenhuma conta a soberania de Deus.”

      Não é o que vemos hoje não só na sociedade civil, mas também na Igreja Conciliar?

      Qual será o resultado deste combate feito contra Deus que atingirá seu paroxismo no advento do Anticristo?

      “Nenhum espírito sensato pode pô-lo em dúvida, escreve São Pio X. Está, sem dúvida, ao alcance do homem que quer abusar de sua liberdade, violar os direitos e a autoridade supremos do Criador, mas ao Criador cabe sempre a vitória, e isto não é tudo. A ruína paira tanto mais de perto sobre o homem quanto mais ele se levanta audaciosamente na esperança de seu triunfo. Disto nos adverte Deus Ele mesmo nas Sagradas Escrituras. Deus fecha os olhos sobre os pecados dos homens, mas em breve, despertando como um homem cuja embriaguez aumentasse a força, Ele esmaga a cabeça de seus inimigos. Que todos saibam que o rei da terra, de toda a terra, é Deus. Que os povos compreendam que eles não são senão homens.” E Supremi Apostolatus – 4 de outubro de 1903.

      Assim se terminará ou pelo juízo final (ou por algo que o precederá) este reino do Anti-Cristo preparado pelas sociedades secretas.

      Que Maria Santíssima nos guarde sob sua proteção nestes dias de aflição.

Nenhum comentário:

Postar um comentário