Ordenação sacerdotal de Dom Tomás de Aquino

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O Apego à Terra Pátria



Segundo o historiador israelita Shlomo Sand (1946 -), houve dissidentes entre os Judeus no século IX d.C., chamados de caraítas ou os “enlutados de Sião”, que não aceitaram o Talmude e a Lei oral definidos pelos talmudistas. Pregavam que somente a Torá e os Profetas deveriam ser seguidos, e que a Terra (de Israel) só poderia ser sagrada se fosse habitada por aqueles que nisso acreditassem. Para os talmudistas, por outro lado, a região onde outrora ficara o Templo não representava para eles a terra de origem, nem mesmo para os seus antepassados. O “exílio” espiritual em que viviam não afrouxou a ligação deles com o local; muito pelo contrário: a significância desta Terra se fortalecera entre os Judeus que viviam em outras regiões do Mediterrâneo, onde mantinham suas práticas religiosas e sua cultura.

Jerusalém: da cidade Santa dos antigos para a atual cidade-Pátria do Sionismo



Até a delineação do Estado de Israel em 1948, entre os Judeus eram poucos os que defendiam uma Pátria terrena própria em Jerusalém e entornos. Viviam bem entre outras culturas em outros países como França e Bélgica, assim como também no Egito, que era tão próximo de Jerusalém. Somente com a ascensão do Movimento Sionista em fins do século XIX, utilizando-se tendenciosamente de uma matriz vetero-testamentária, é que essa ideia foi incutida na mentalidade mundial, dando a ideia de que o “povo disperso” tivesse por direito uma Terra Pátria, diferentemente da Terra Santa dos antigos.

Quando Theodor Herzl (1860-1904), um dos grandes nomes do Sionismo, tentou buscar uma “aprovação” do então Papa S. Pio X (1903-1914), recebeu uma memorável e “doce” recusa do digníssimo santo Padre.

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