Ordenação sacerdotal de Dom Tomás de Aquino

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Conferência de Mons. Fellay em Michigan, EUA, em 3 de fevereiro: citações inéditas

Por Non Possumus      

      Esta entrada é a continuação desta outra.

      Demo-nos ao trabalho de escutar a conferência completa em inglês, e em seguida lhes damos a conhecer alguns extratos – não publicados no artigo da FSSPX.NEWS – da conferência de Mons. Fellay em 3 de fevereiro de este ano no Priorado St. Joseph, de Michigan, USA:

      Após repassar a história da Fraternidade e suas idas e vindas de Roma desde o ano 2000, torna a falar do demolidor Bergoglio, a quem chama “nosso querido papa Francisco”:

      O Papa Francisco me disse que foi provavelmente o Espírito Santo quem inspirou o papa Bento a não seguir adiante (com a excomunhão) e deixar o assunto ao próximo papa. O papa Francisco se negou a firmar nossa excomunhão. Ele me disse: Eu não os condenarei. Ao Cardeal Castrillón, o papa lhe disse: “Eu nunca condenarei a Fraternidade”. O Papa nos disse: “Vocês são católicos”. Eu sei, todo mundo sabe todos os problemas que temos na Igreja por causa de nosso querido Papa Francisco, e ao mesmo tempo, o mesmo papa nos diz: Eu não condenarei a Fraternidade. Ele nos disse: “Causam-me problemas em Roma porque sou gentil convosco. E eu lhes digo: Escutem, eu tenho os anglicanos, tenho aos protestantes, porque não posso ter estes católicos?” Isso é o que me disse! [Parece que Mons. Fellay não se deu por insultado ao ser posto num mesmo nível com os anglicanos e os protestantes] Está claro que o papa tem tido gestos a nosso favor e os têm multiplicado, em diferentes níveis, a maioria são desconhecidos, são pequenos, são práticos, e posso dizer que o papa está pronto para nos ajudar. Por exemplo houve uma peregrinação. Queríamos entrar nas igrejas e dizer ali as missas, em Toma. Os argentinos fizeram saber ao papa e dito e feito. [Com razão os sacerdotes da Fraternidade não disseram nada contra Francisco nesta ocasião! É descortesia criticar dos púlpitos a um papa benfeitor! Que acontecerá, então, quando Francisco outorgar finalmente a prelatura à FSSPX, “fazendo um grande ato de justiça”, “saldando uma dívida de longas décadas”, “fechando uma ferida que sangra há mais de 40 anos”, “restituindo seus direitos à Tradição”, e “abrindo um imenso campo de apostolado à Tradição”?] Teríamos problemas na Argentina com o governo: era um verdadeiro problema para nós resistir no país, os vistos, etc. O papa interveio pessoalmente, de maneira absolutamente pessoal em todos os níveis. Conseguiu que fôssemos reconhecidos como uma entidade católica na Argentina. Chamou-os a todos, incluindo o nosso priorado. Imagine-se quando o irmão contestou o telefone... [imaginem-se quando o Papa “regularizar” à Fraternidade...] Ele faz isso.
Ao mesmo tempo ele faz coisas que são o oposto, em toda a Igreja. Eu não tenho uma resposta. Tenho algumas respostas, mas não estão completas, não são totais. Minha impressão é que o papa Francisco dá muito mais importância à pessoa que à doutrina. E assim, se ele conhece a alguém que tem um problema, ele somente verá o problema e se esquecerá da doutrina. [Um Vigário de Cristo que se esquece da doutrina!] Não somente conosco, com todos... Com os divorciados que voltam a casar é o mesmo problema. E os protestantes: o bispo Palmer, um amigo do Papa, morre. É um bispo protestante. A parte da família católica pede um funeral católico. A Igreja Católica os “mandou a voar”, e o papa Francisco decidiu que se lhe desse um funeral católico de um bispo católico. Se se segue a lei, alguém dirá “de maneira alguma! Façamo-lo por meu amigo!”. É muito difícil entender todas estas coisas. [Leia-se: “não posso compreender este papa liberal porque não posso compreender o liberalismo] Porque não é a maneira normal em que as pessoas se comportam. Usualmente as pessoas põe primeiro a doutrina, a fé. Quando um amigo está contra a fé, se lhe deve dizer, corrija-se ou já não é meu amigo. O papa Francisco parece crer o contrário. “Se você é meu amigo, sempre será meu amigo”. Uma resposta a obtive de um de nossos sacerdotes, argentino. Ele me disse: para nós a amizade é sagrada. Você é meu amigo, é meu amigo aconteça o que acontecer. Então, cremos que o papa nos considera seus amigos? Temo que esta palavra será demasiado forte. Eu não diria amigo, mas têm uma simpatia por nós. Leu duas vezes o livro de Mons. Tissier sobre Mons. Lefebvre. Esse livro tão grosso! Leu-o duas vezes! Uma pessoa não o faz se não está interessado. Não lê duas vezes este livro! Quem de nós o leu duas vezes? Tratem de refletir! Leu-o duas vezes! E lhe disse a um de nossos sacerdotes: “A Igreja foi dura com ele”. [Gostaríamos de saber se neste planeta há alguém não suíço que pense que é verdade que Francisco leu duas vezes a biografia de Mons. Lefebvre escrita por Mons. Tissier. Estar convencido de que isso é verdade (Mons. Fellay está, pois repetiu a “anedota do livro gordo” várias vezes) revela uma ingenuidade monumental] Este é seu lado humano, por isso está a favor dos emigrantes, dos marginalizados, etc. Ele vê pelas pessoas. E olha tanto pelas pessoas que se esquece da lei. E é claro que temos um problema com isso, naturalmente.

      Explica em seguida a última coisa que aconteceu entre a Neo-FSSPX e Roma:

      Chegamos a maio deste ano (2017) [Não se enganou La Vie nem se equivocou Non Possumus com a manchete de 3 de maio de 2017 entitulada: “La Vie: o acordo é iminente”. Mais “mentiras da internet”?] enviaram-me um texto que devia assinar , se o assinasse tudo estaria tudo bem e eu disse: está bem o texto mas não é suficientemente claro, causará problemas entre nossas pessoas... gostaríamos que fosse mais claro... eu creio que o texto estava correto mas eu não o assinei. Mas me disseram que o assinasse, isso foi em março, logo em maior houve uma reunião da congregação para a doutrina da fé; depois em junho recebo uma carta do Cardeal Müller que me diz: “Falei com o papa, e fizemos uma reunião da congregação da fé e todos os cardeais desta reunião unanimemente dizem que devemos acrescentar algumas coisas. Em primeiro lugar não pode dizer a antiga profissão de fé, devem dizer a nova. Disseram: é necessário, a outra é insuficiente. Como isso pode ser? Inclusive para os bispos do concílio foi suficiente e agora não o é! O que está acontecendo? “E vocês DEVEM aceitar o concílio”. Primeiro me disseram que a discussão estava aberta e agora devemos aceitá-lo. “Vocês DEVEM dizer que a nova missa é legítima.” Eu fui chamado a uma junta em Roma em 12 de julho, mas em 2 de julho o papa despediu o cardeal Müller. Por isso que pergunto: o que está acontecendo? Sobre a junta, e me dizem “venha à junta”, assim que fui, e ali me disseram: “o que foi essa carta do cardeal Müller? Não a conhecemos! Nunca soubemos dela! Inteiramo-nos porque vocês a publicaram, mas não sabemos o que é isso!” Era uma carta do cardeal prefeito da Doutrina da Fé e me dizem que não a conhecem. Uma vez mais ‘que está acontecendo? Por outro lado, o resultado ou o efeito é o novo texto que me apresentaram donde eles dizem “devem dizer a nova profissão de fé”, dizem: “devem aceitar o concílio tal qual” [...] mas você pode discutir, pode argumentar, legitimamente, e deve aceitar que a missa é legítima”. Ali é onde estamos agora, e logo após ter escrito a Roma dizendo “sinto muito, mas não os estou entendendo”. “Um dia dizem isto é suficiente, solo firme; dois meses depois já não é suficiente. Ou é que a fé muda todos os dias? O que é isto?” [Resposta: o jogo ao qual os romanos o têm submetido, Monsenhor] E bem, esta é a situação presente. Voltamos ao ponto zero. Há um certo progresso: recebi uma carta em fins do ano dizendo-me que receberam minha carta e que eles decidiram continuar o diálogo, insistindo que devemos dizer a nova profissão de fé, que devemos aceitar o concílio e a legitimidade da nova missa. Assim, continuamos dialogando. Esta é a situação atual.

      Termina afirmando que se buscamos a Deus, “acontecerão milagres”, explica em seguida o que a Virgem de Guadalupe fez a um fiel da Fraternidade, levando-o a uma capela da FSSPX de maneira milagrosa. Afirma que Deus não nos abandona e devemos ter muita fé, “Deus está conosco”. “Importa-o muito o que nos acontece”. Sendo assim, estimados leitores, esperem logo o “milagre” do reconhecimento da Fraternidade por parte do destruidor Francisco. Mons. Fellay já disse que esperávamos “milagres”!

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