Ordenação sacerdotal de Dom Tomás de Aquino

sábado, 10 de setembro de 2016

Comentários Eleison CDLXXVII (477) – Glória de Maria


Por Dom Richard N. Williamson
03 de setembro de 2016

Toda a glória que Maria busca é para seu Filho.
Para si mesma, Ela não busca glória alguma.


Entre as Festas Católicas da Assunção de Nossa Senhora ao Céu (15 de agosto) e a Natividade de Nossa Senhora (8 de setembro), pode ser um bom momento para refletir sobre uma objeção principal Protestante à devoção dos católicos para com Nossa Senhora, a saber, que toda a atenção, honra e oração dirigidos à Nossa Senhora lhe é tanto assim retirado a Nosso Senhor – Ele só é nosso Redentor, assim que somente a Ele devem ser dirigidas toda nossa devoção, adoração e oração. A seguinte citação, provinda como de Nosso Senhor mesmo, coloca muitas objeções em uma perspectiva diferente: —

O olho humano pode não pode olhar ao sol, mas pode olhar à lua. O olho da alma humana não pode mirar a perfeição de Deus tal como ela é, mas pode mirar a perfeição de maria. Maria é como a lua em relação ao sol. Está iluminada por sua luz e reflete sobre vós a luz que a iluminou, mas suavizando-a com esses místicos vapores que a fazem suportável à vossa limitada natureza. Por isso Eu os a proponho desde há séculos como modelo para todos vós a quem quis como irmãos, precisamente em Maria.

Ela é a Mãe. Que doçura para os filhos mirar a sua mãe! Tenho-a dado por essa razão, para que pudesses ter uma doce Majestade para contemplar, cujo esplendor fosse suficiente para arrebatá-los e cativar vosso olhar, mas não tão brilhante como para cegá-los. Apenas ante almas especiais, que elegi por motivos incensuráveis, mostrei-me a Mim mesmo, em todo o fulgor de Deus-Homem, de Inteligência e Perfeição absolutas. Mas junto àquele dom, tive de lhes dar outro que as fizessem capazes de suportar Meu conhecimento sem ser aniquilados.
Enquanto que a Maria a podeis mirar todos. Não porque ela seja semelhante a vós. Oh! Não! Sua pureza é tão alta que Eu, seu Filho e seu Deus, a trato com veneração. Sua perfeição é tão grande que o Paraíso todo se inclina ante seu trono sobre o que descende o eterno contento e o eterno resplendor de Nossa Trindade. Mas este resplendor, que a compenetra e imbui mais que a nenhuma outra criatura de Deus, está difuso pelos velos candidíssimos de sua carne imaculada, pela qual Ela irradia como uma estrela, recolhendo toda a luz de Deus e difundindo-a como uma luminosidade suave sobre todas as suas criaturas.
E além disso Ela é vossa Mãe eternamente. E a Mãe tem todas as piedades que os escusam, que intercedem por vós, que instruem pacientemente. Grande é a alegria de Maria quando Ela pode dizer a quem lhe ama, “Ama a meu Filho”. Grande é minha própria alegria quando posso dizer a quem me ama, “Ama a minha Mãe”. E grandíssima é nossa alegria quando vemos que separando-se de meus pés alguém de vós vai a Maria, ou separando-se do regaço de Maria algum de vós vem até mim. Porque a Mãe goza a dar outras almas enamoradas ao Filhos, e o Filho goza ao ver amada por outros à Mãe. Pois quando de nossa glória se trata, nenhum de nós busca prevalecer, senão que a glória de cada um de vós se completa na glória do outro.
Por isto te digo: “Ama a Maria. Te dou a Ela. Ela te ama e iluminará tua existência com tão somente a suavidade de seu sorriso. Se os católicos soubessem como deixar que sua luz irradie através deles, eles atrairiam incontáveis almas até seu Filho e até Deus, como verdadeiramente os Protestantes devotos só podem desejá-lo.

Kyrie eleison.

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