Ordenação sacerdotal de Dom Tomás de Aquino

sábado, 19 de março de 2016

É verdade que a autodenominada 'Igreja Ortodoxa' não está 'tão' distante da Igreja Católica? - V

Igreja Ortodoxa russa foi instrumento de Stalin para liquidar o catolicismo

Por Leão Indômito

“A Igreja Ortodoxa Russa foi utilizada pelo regime de Stalin para a liquidação pela força da Igreja Greco-Católica Ucraniana”, mas “o clero ortodoxo russo ainda não se desculpou com o greco-católico pela apropriação indevida de todos os seus bens”, disse a Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, arcebispo-mor do rito Greco-Católico ucraniano, em entrevista veiculada pela agência Religious Information Service of Ukraine – RISU.

“Na minha opinião, a capacidade de pedir desculpas indica uma consciência cristã, e é uma condição necessária para a chamada purificação da memória.

“Por exemplo, houve um verdadeiro arrependimento e perdão mútuo entre a nossa Igreja e a Igreja Católica Romana da Polônia. Eu sei de fonte segura que os bispos poloneses procuram realizar um ato semelhante de reconciliação mútua com a igreja ortodoxa russa. Mas quando se trata de a igreja ortodoxa russa pedir perdão à Igreja Católica da Polônia, aparecem logo as dificuldades”, observou o chefe do rito católico ucraniano.

O arcebispo-mor da Ucrânia disse que por causa disso não houve reconciliação simbólica entre o rito que ele preside e a igreja ortodoxa russa.

“Muito frequentemente, eles falam sobre a dificuldade de ter um encontro com o Papa, que, segundo o patriarca Kirill, é causada pelos Uniatas [greco-católicos] na Ucrânia ocidental.

“Isso vem sendo repetido há perto de 20 anos, quase todo ano, em vários foros.

“Mas o verdadeiro obstáculo é a incapacidade de admitirem os próprios erros, especialmente o fato de que a igreja ortodoxa russa foi usada pelo regime de Stalin para a liquidação pela força da Igreja Greco-Católica Ucraniana”, concluiu.



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Arcebispo de Lvov a Pio XII: “Este regime [comunista] só se explica como caso de possessão diabólica coletiva".

Uma alta autoridade eclesiástica parece oferecer-nos uma explicação indireta para o fato. Trata-se de Mons. André Sheptyskyj, Arcebispo de Lvov e Patriarca de Halich, líder da Igreja Católica na Ucrânia durante as perseguições de Lenine e Stalin. No início da II Guerra Mundial, escreveu ele à Santa Sé:

“Este regime só pode se explicar como um caso de possessão diabólica coletiva”. E pediu ao Papa que sugerisse a todos os sacerdotes e religiosos do mundo que “exorcizassem a Rússia soviética”.

Mons. Sheptyskyj faleceu em 1944. Seu processo de beatificação está em andamento.

A crueldade inumana da seita socialo-comunista e a desproporção entre seus satânicos feitos e os êxitos que alcançou são de molde a confirmar a impressionante declaração do heróico Prelado ucraniano.

Fonte: Pe. Alfredo Sáenz S.J., “De la Rusia de Vladimir al hombre nuevo soviético”, Ediciones Gladius, Buenos Aires, 1989, pp. 438-439.

Livro negro do comunismo: Revolução Francesa foi modelo para o Livro Negro do Comunismo, a emulação com a Grande Revolução –a Francesa de 1789– é que moveu os revolucionários vermelhos. Robespierre abriu o caminho, Lenine e Stalin lançaram-se nele, os Khmers Vermelhos do Camboja bateram recordes genocidas.

Para todos eles, a utopia igualitária e libertária tudo justificava. Exterminar milhões não importava, em sua opinião, porque assim nasceria um mundo novo, fraternal, para um homem novo liberto da canga da hierarquia e da lei.

O obstáculo a varrer era a propriedade privada. E o adversário a eliminar eram os proprietários. Os comunistas atiraram-se ferozmente sobre eles do mesmo modo como Robespierre encarniçara-se contra os nobres.

[CONTINUA]

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