“Vox túrturis audita est in terra nostra”
(Cant. II, 12)
O Apocalipse nos apresenta os fatos que sucederão quando o Anticristo aparecer.
Dom Emmanuel, abade beneditino do século XIX e pároco da aldeia de Mesnil-Saint-Loup, nos descreve em temos proféticos o esforço de sedução que precederá e acompanhará a vinda do homem de pecado, que fará prestar a si mesmo as honras devidas a Deus. Para angariar discípulos, o Anticristo não poupará esforços para se ver aceito por adeptos de toda sorte de falsas religiões e procurará conquistar mesmo os católicos. Escutemos o que ele nos diz:
“É muito crível também que o Anticristo disporá, para subir, de todos os partidários das falsas religiões. Ele se anunciará como cheio de respeito pela liberdade de cultos, uma das máximas e uma das mentiras da besta revolucionária. Dirá aos budistas que é um Buda; aos muçulmanos, que Maomé é um grande profeta. Nada impede que o mundo muçulmano aceite o falso messias dos judeus como um novo Maomé.
O que sabemos? Talvez irá até dizer, em sua hipocrisia, como Herodes seu precursor, que quer adorar Jesus Cristo. Mas isso não passará de uma zombaria amarga. Malditos os cristãos que suportam sem indignação que seu adorável Salvador seja posto lado a lado com Buda e Maomé, em não sei que panteão de falsos deuses!”
Quem não reconhece nesta descrição profética o ecumenismo inspirado pelo Concílio Vaticano II?
Mas haverá algum ecumenismo superior, uma unidade transcendente das religiões, onde as religiões estariam unificadas “pelo topo”, como diz Olavo de Carvalho?
Não, de modo algum. Religião, ou seja, conjunto de verdades e de preceitos pelos quais nossa vida é ordenada a Deus, só existe uma. É a religião católica, com exclusão de todas as outras.
Com a graça de Deus, voltaremos ao assunto num próximo número.
+ Tomás de Aquino OSB
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