Por Dom Richard N. Williamson
Tradução: Borboletas ao Luar
A Fraternidade acha que a todos irá salvar?
Foi a partir do orgulho que veio a queda a se dar.
Depois da reunião de 26 a 28 de junho dos Superiores da FSSPX na Suíça, o Superior Geral fez não somente para o público geral o Comunicado de 29 de junho, já examinado nestes “Comentários” há três semanas, mas também uma Declaração em 28 de junho para o benefício dos membros da FSSPX, ou seja, primariamente para os sacerdotes da FSSPX. A Declaração é em si mesma críptica, mas uma vez decifrada (com a ajuda do Pe. Girouard), ela se mostra carregada de significados para o futuro da Tradição Católica. Segue um mero esquema dos primeiros seis parágrafos da Declaração e o texto completo do sétimo:
(1-4) A Igreja e o mundo estão em crise, porque em vez de girar em torno da Cruz de Cristo, eles giram em torno do homem. A FSSPX se opõe a essa “desconstrução” da Igreja e da sociedade humana.
(5) O remédio próprio de Deus para essa desordem foi inspirar um Arcebispo a fundar uma congregação hierárquica católica em torno do sacramento da Ordem Sagrada – Jesus Cristo, Sua Cruz, Seu Reinado, o sacrifício e o sacerdócio, fonte de toda ordem e de toda graça, é do que se trata a Fraternidade fundada por Dom Lefebvre.
(6) Por isso, a FSSPX não é nem conciliar (pois gira em torno de Cristo) nem rebelde (pois é hierárquica).
(7) “Terá chegado o momento da restauração geral da Igreja? A Divina Providência não abandona a Sua Igreja cuja cabeça é o Papa, o vigário de Cristo. Por isso um sinal incontestável dessa restauração geral será o Papa manifestando sua vontade de proporcionar os meios para reestabelecer a ordem no sacerdócio, na Fé e na Tradição. Esse sinal será a garantia da unidade católica necessária da família e da Tradição”.
Os primeiros seis parágrafos claramente levam ao sétimo. E não é desarrazoado interpretar o sétimo como significando que quando o Papa Francisco der a aprovação oficial à Fraternidade, então isso será a prova de que finalmente é chegado o momento em que toda a Igreja Católica voltará a se reerguer, para que o sacerdócio católico, a Fé católica e a Tradição católica sejam restaurados, e para que todos os tradicionalistas se juntem à Fraternidade Sacerdotal São Pio X sob seu Superior Geral. Dom Fellay parece estar repetindo aqui para o benefício de todos os sacerdotes da Fraternidade sua constante visão do glorioso papel dela, porque na reunião suíça, segundo ouvimos, ao menos alguns de seus Superiores questionaram essa glória vindo na forma de reunião com a Roma oficial. Mas esses Superiores em oposição estavam certos, porque Dom Fellay está aqui sonhando! É um sonho nobre, mas mortal.
O sonho é nobre porque se trata da honra de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Sua Igreja, de Seu Sacrifício, do Arcebispo Lefebvre, do sacerdócio católico, e assim por diante. O sonho é mortal porque gira mais sobre o sacerdócio do que sobre a Fé, e enquanto ele acredita muito corretamente que o Papa Francisco e os romanos sejam os portadores da Autoridade católica, não leva em conta quão distantes estão de sustentar a Fé católica. Se se pode dizer que o Arcebispo Lefebvre salvou o sacerdócio católico e a Missa, isso foi para ele apenas um meio de salvar a Fé. A Fé é para o sacerdócio como o fim para o meio, e não como o meio para o fim. Que seria do sacerdócio sem a Fé? Quem acreditaria nos Sacramentos? Quem precisaria de sacerdotes?
E quanto a essa Fé, o Papa atual e os oficiais romanos que mantêm o controle em torno dele perderam seu apego à Verdade como sendo única, objetiva, não contraditória e exclusiva, e com isso eles perderam seu apego à verdadeira Fé, ou melhor, perderam a Fé. Isso significa que se o Papa Francisco de fato aprovar oficialmente a Fraternidade, não se tratará de modo algum de um sinal de que a Fraternidade terá restaurado a sanidade da Igreja, mas, em vez disso, que a Igreja oficial terá absorvido em sua insanidade a Fraternidade.
Kyrie eleison.
Foi a partir do orgulho que veio a queda a se dar.
Depois da reunião de 26 a 28 de junho dos Superiores da FSSPX na Suíça, o Superior Geral fez não somente para o público geral o Comunicado de 29 de junho, já examinado nestes “Comentários” há três semanas, mas também uma Declaração em 28 de junho para o benefício dos membros da FSSPX, ou seja, primariamente para os sacerdotes da FSSPX. A Declaração é em si mesma críptica, mas uma vez decifrada (com a ajuda do Pe. Girouard), ela se mostra carregada de significados para o futuro da Tradição Católica. Segue um mero esquema dos primeiros seis parágrafos da Declaração e o texto completo do sétimo:
(1-4) A Igreja e o mundo estão em crise, porque em vez de girar em torno da Cruz de Cristo, eles giram em torno do homem. A FSSPX se opõe a essa “desconstrução” da Igreja e da sociedade humana.
(5) O remédio próprio de Deus para essa desordem foi inspirar um Arcebispo a fundar uma congregação hierárquica católica em torno do sacramento da Ordem Sagrada – Jesus Cristo, Sua Cruz, Seu Reinado, o sacrifício e o sacerdócio, fonte de toda ordem e de toda graça, é do que se trata a Fraternidade fundada por Dom Lefebvre.
(6) Por isso, a FSSPX não é nem conciliar (pois gira em torno de Cristo) nem rebelde (pois é hierárquica).
(7) “Terá chegado o momento da restauração geral da Igreja? A Divina Providência não abandona a Sua Igreja cuja cabeça é o Papa, o vigário de Cristo. Por isso um sinal incontestável dessa restauração geral será o Papa manifestando sua vontade de proporcionar os meios para reestabelecer a ordem no sacerdócio, na Fé e na Tradição. Esse sinal será a garantia da unidade católica necessária da família e da Tradição”.
Os primeiros seis parágrafos claramente levam ao sétimo. E não é desarrazoado interpretar o sétimo como significando que quando o Papa Francisco der a aprovação oficial à Fraternidade, então isso será a prova de que finalmente é chegado o momento em que toda a Igreja Católica voltará a se reerguer, para que o sacerdócio católico, a Fé católica e a Tradição católica sejam restaurados, e para que todos os tradicionalistas se juntem à Fraternidade Sacerdotal São Pio X sob seu Superior Geral. Dom Fellay parece estar repetindo aqui para o benefício de todos os sacerdotes da Fraternidade sua constante visão do glorioso papel dela, porque na reunião suíça, segundo ouvimos, ao menos alguns de seus Superiores questionaram essa glória vindo na forma de reunião com a Roma oficial. Mas esses Superiores em oposição estavam certos, porque Dom Fellay está aqui sonhando! É um sonho nobre, mas mortal.
O sonho é nobre porque se trata da honra de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Sua Igreja, de Seu Sacrifício, do Arcebispo Lefebvre, do sacerdócio católico, e assim por diante. O sonho é mortal porque gira mais sobre o sacerdócio do que sobre a Fé, e enquanto ele acredita muito corretamente que o Papa Francisco e os romanos sejam os portadores da Autoridade católica, não leva em conta quão distantes estão de sustentar a Fé católica. Se se pode dizer que o Arcebispo Lefebvre salvou o sacerdócio católico e a Missa, isso foi para ele apenas um meio de salvar a Fé. A Fé é para o sacerdócio como o fim para o meio, e não como o meio para o fim. Que seria do sacerdócio sem a Fé? Quem acreditaria nos Sacramentos? Quem precisaria de sacerdotes?
E quanto a essa Fé, o Papa atual e os oficiais romanos que mantêm o controle em torno dele perderam seu apego à Verdade como sendo única, objetiva, não contraditória e exclusiva, e com isso eles perderam seu apego à verdadeira Fé, ou melhor, perderam a Fé. Isso significa que se o Papa Francisco de fato aprovar oficialmente a Fraternidade, não se tratará de modo algum de um sinal de que a Fraternidade terá restaurado a sanidade da Igreja, mas, em vez disso, que a Igreja oficial terá absorvido em sua insanidade a Fraternidade.
Kyrie eleison.
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