Trecho do email enviado pelo padre René Trincado no dia 8 de março de 2016, com autorização do mesmo para publicação.
Reverendo Padre:
Já que o senhor persiste em me difamar publicamente mediante insultos e falsas acusações, vejo-me obrigado a respondê-lo. Como sacerdote, e em atenção ao bem dos fiéis que estão sob meus cuidados, estou forçado a me defender de suas ofensas públicas.
Fique a todos claro que é o senhor que tem levado esta situação a estes extremos. Ao menos poderia ter respondido minhas mensagens anteriores ou ter feito algum outro gesto de aproximação com ânimo de superar as dificuldades existentes; mas não: parece que, para o senhor, do que se trata é de ofender – a quem nunca lhe fez nada – uma e outra vez, desde longe seguro de ficar impune, e a traição.
Eu o que digo sobre mim, vale também para os bispos, para Dom Tomás e para muitos fiéis insultados e injustamente acusados pelo senhor de “traidores”, “hereges”, “liberais” e outros qualificativos irreproduzíveis aqui.
I. Em sua carta intitulada “Las causas del Caos (o la extraña teología del intrincado P. Trincado y &"), publicada hoje no sítio “Apostolado Eucarístico”, o senhor expressa o seguinte:
“O P. Trincado, grande sofista defensor de MW , me escrevia defendendo tal erro (em 9/12/15) : “....O da árvore e os frutos tampouco se pode taxar de errôneo(!)...Um exemplo sobre o mesmo, se eu digo "se um cego guia outro cego, ambos cairão no buraco normalmente ou na maioria das vezes, mas não sempre (SIC!!!!).Não cometo heresia nem expresso algo que realmente justifique um escândalo (SIC!). As parábolas de Cristo não são definições dogmáticas”.(SIC!)”
O senhor se refere ao mesmo aqui:
Sermão de 6/03/16:
https://www.youtube.com/watch?v=Kpvr31uS240
Catequese de 6/03/16: https://www.youtube.com/watch?v=YpUiWbfeS_k
No sermão o senhor agrega: “quando eu li isto, eu tremi, porque me dei conta de que estava tratando com um homem que já não tinha mais fé” (min. 15 em diante).
Certamente, padre, eu não perdi a fé. E você tampouco, mesmo que vá no caminho de perdê-la porque está ensinando constantemente uma grande quantidade de erros contra a fé e a moral, em comparação com os quais, aquelas palavras desafortunadas ou imprudentes de Mons. Williamson em uma resposta improvisada à pergunta de uma mulher birritualista nos EUA, não são praticamente nada (ver aqui e aqui).
Esta é a citação completa do que respondi sobre a parábola das árvores e frutos bons e maus:
Já que o senhor persiste em me difamar publicamente mediante insultos e falsas acusações, vejo-me obrigado a respondê-lo. Como sacerdote, e em atenção ao bem dos fiéis que estão sob meus cuidados, estou forçado a me defender de suas ofensas públicas.
Fique a todos claro que é o senhor que tem levado esta situação a estes extremos. Ao menos poderia ter respondido minhas mensagens anteriores ou ter feito algum outro gesto de aproximação com ânimo de superar as dificuldades existentes; mas não: parece que, para o senhor, do que se trata é de ofender – a quem nunca lhe fez nada – uma e outra vez, desde longe seguro de ficar impune, e a traição.
Eu o que digo sobre mim, vale também para os bispos, para Dom Tomás e para muitos fiéis insultados e injustamente acusados pelo senhor de “traidores”, “hereges”, “liberais” e outros qualificativos irreproduzíveis aqui.
I. Em sua carta intitulada “Las causas del Caos (o la extraña teología del intrincado P. Trincado y &"), publicada hoje no sítio “Apostolado Eucarístico”, o senhor expressa o seguinte:
“O P. Trincado, grande sofista defensor de MW , me escrevia defendendo tal erro (em 9/12/15) : “....O da árvore e os frutos tampouco se pode taxar de errôneo(!)...Um exemplo sobre o mesmo, se eu digo "se um cego guia outro cego, ambos cairão no buraco normalmente ou na maioria das vezes, mas não sempre (SIC!!!!).Não cometo heresia nem expresso algo que realmente justifique um escândalo (SIC!). As parábolas de Cristo não são definições dogmáticas”.(SIC!)”
O senhor se refere ao mesmo aqui:
Sermão de 6/03/16:
https://www.youtube.com/watch?v=Kpvr31uS240
Catequese de 6/03/16: https://www.youtube.com/watch?v=YpUiWbfeS_k
No sermão o senhor agrega: “quando eu li isto, eu tremi, porque me dei conta de que estava tratando com um homem que já não tinha mais fé” (min. 15 em diante).
Certamente, padre, eu não perdi a fé. E você tampouco, mesmo que vá no caminho de perdê-la porque está ensinando constantemente uma grande quantidade de erros contra a fé e a moral, em comparação com os quais, aquelas palavras desafortunadas ou imprudentes de Mons. Williamson em uma resposta improvisada à pergunta de uma mulher birritualista nos EUA, não são praticamente nada (ver aqui e aqui).
Esta é a citação completa do que respondi sobre a parábola das árvores e frutos bons e maus:
O da árvore e os frutos tampouco se pode tachar de errôneo, pois qualquer um pode, a partir de uma parábola evangélica, fazer diversas analogias legítimas. Nessa ocasião, inspirando-se na referida parábola, Monsenhor falou corretamente de outra classe de árvore: a árvore “enferma” que dá frutos bons e maus ou frutos meio bons e meio maus... Um exemplo sobre o mesmo: se eu digo: “se um cego guia a outro cego, ambos cairão no buraco normalmente ou na maioria das vezes, mas não sempre”; não cometo heresia nem expresso algo que realmente justifique um escândalo. As parábolas de Cristo não são definições dogmáticas.
Vejamos:
-“qualquer um pode, a partir de uma parábola evangélica, fazer diversas analogias legítimas". Para que essas analogias sejam legítimas, elas não devem trair o ensinamento de fé ou de moral que Nosso Senhor quis transmitir mediante o emprego dessas parábolas. Isso o senhor não entende porque não é capaz de diferenciar, na Escritura, entre letra e sentido, e por isso chega a fazer a afirmação absurda de que eu sustento que se pode contradizer a doutrina de Cristo com essas analogias ou implicações legítimas. Há nessa ideia sua um grave defeito de lógica, padre, pois em tal caso, essas “analogias legítimas” deixariam de ser tais e passariam a ser “ilegítimas”. O senhor voltará a dizer que escrevo um novo sofisma. Tudo o que o senhor não entende o qualifica como sofisma?
Quanto a essa passagem evangélica das árvores e os frutos em particular, faço-lhe saber que segundo Santo Tomás de Aquino na Suma Teológica(1) e segundo os Santos Padres que ele cita na Catena Áurea (2), a “árvore” não é uma natureza, como diziam os hereges e tende a pensar o senhor, senão uma vontade que pode ser boa ou má. Por isso São Jerônimo disse (ver na última obra citada): “Perguntemos aos hereges, que admitem em si mesmos duas naturezas contrárias se, segundo seu modo de pensar, uma árvore boa não pode produzir maus frutos, como Moisés, árvore voa, pecou junto às águas da contradição (Nm 26, 72), São Pedro negou ao Senhor na paixão dizendo: “Não conheço a esse homem”, e o sogro de Moisés, árvore má que não cria no Deus de Israel, deu-lhe um bom conselho?
Então, seja essa mesma a primeira pergunta que agora lhe formulo a você, padre: Como São Pedro, sendo árvore boa, deu mau fruto e como o sogro de Moisés, sendo árvore má, deu bom fruto?
E uma segunda pergunta para você: Nunca houve algum mau fruto na Igreja Católica e nunca houve algum bom fruto na “Igreja conciliar” (entendida como essa sociedade presente em todo o mundo, liderada por Francisco, à que todos chamam “Igreja Católica”)?
Terceira pergunta: todos sabem que um católico que se encontra em pecado mortal, não por esse fato somente deixa de pertencer à Igreja. Logo, como é que existe esse fruto mau na árvore boa da Igreja de Cristo?
Quarta pergunta (dupla): você se considera árvore boa ou árvore má? Como então, às vezes dá frutos bons (quando obra o bem) e às vezes dá frutos maus (quando peca)?
- “se eu digo: “se um cego guia a outro cego, ambos cairão no buraco normalmente ou na maioria das vezes, mas não sempre”; não cometo heresia nem expresso algo que realmente justifique um escândalo”. O ensinamento de Cristo, nessa passagem, refere-se a que os guias religiosos que estão no erro farão cair no erro aos seus seguidores. Para inculcar essa ideia, Nosso Senhor se vale da figura de dois cegos: um que guia a outro. Porém, ao modo dos judeus e protestantes, você se prende à letra e desentende do sentido, e por isso é capaz de sustentar, absurdamente, que Nosso Senhor revelou que cada vez que aconteça que um homem fisicamente cego guie a outro homem fisicamente cego, os dois cairão em um buraco físico (!). Sobram os comentários sobre tal disparate. Padre: nessa passagem Nosso Senhor não quer ensinar sobre as consequências da cegueira física. Concorda? Pois bem, do mesmo modo, na das árvores e frutos bons e maus o Senhor não quis revelar verdades sobre botânica, senão sobre a moral. Ou é que Ele veio para nos ensinar ciências naturais? ou é que você crê que as ideias da “árvore e fruto bom” e da “árvore e fruto mau” são próprias da ciência botânica? Por favor!
Lembra-se do que nos ensinaram no seminário sobre a interpretação católica da Sagrada Escritura e sobre os diferentes gêneros literários que há nela, sobre as objeções à inerrância, etc.? Pelo visto, o senhor se esqueceu de tudo isso.
Quinta pergunta para o senhor: Nosso Senhor diz que o grão de mostarda é a menor de todas as sementes que existem no mundo (Mc 4, 31). Você está de acordo com que peca contra a fé o que diga que exista alguma semente de menor tamanho que a de mostarda?
- “As parábolas de Cristo não são definições dogmáticas”. Claro que não são. Você incrivelmente, afirma o contrário, o qual – perdoe-me a franqueza – dá conta de uma ignorância supina em teologia.
E, então, sexta pergunta para o senhor: aquele que diga que existe alguma semente no mundo que seja menor que a de mostarda, nega uma definição dogmática?
II. Na “catequese” do vídeo anteriormente mencionado, o senhor diz a seguinte falsidade (para não usar o termo “mentira”): “dos trabalhos que fiz sobre não poder haver milagres fora da Igreja Católica, ninguém me respondeu. Ninguém.” (min. 7,33). A verdade é outra: eu o respondi (como se pode ver mais abaixo) com clareza e precisão. Os dominicanos de Avrillé lhe responderam.
Por certo... sétima pergunta: está disposto a publica a resposta que lhe deram os dominicanos de Avrillé?
O professor Carlos Nougué, que sim sabe teologia, deu-lhe várias excelentes respostas aos seus escritos (3). Com elas qualquer pessoa intelectualmente honesta fica persuadida de que não é impossível que, excepcionalmente, ocorram milagres fora da Igreja. Outra coisa é que o senhor não quer dar o braço a torcer, que você não quer aceitar (agora, pois pelo bisto muda periodicamente de parecer sobre o ponto) o que ensinam Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, o Card. Lepecier (em um texto previamente submetido à censura eclesiástica em tempos de São Pio X), o celebérrimo “Dictionnaire de Théologie Catholique” (também submetido à estrita censura pré-conciliar), e à maioria dos teólogos católicos pré-conciliares. Todos estes serão liberais? Hereges? Traidores?
Oitava pergunta: retrata-se de haver dito isto: “dos trabalhos que fiz sobre não poder haver milagres fora da Igreja Católica, ninguém me respondeu. Ninguém.”?
III. Sobre a obra destruidora da Resistência na qual você, muito lamentavelmente, se encontra empenhado desde fins do ano de 2015: tenho me inteirado que os fiéis de Ciudad del Este já não o querem receber mais. Terão eles se tornado traidores, hereges e liberais também? Irá dizer deles que lhe "dão asco", como disse dos fiéis de Vitória?
Nona pergunta: é verdade que os fiéis de Ciudad del Este não o querem receber mais?
Décima: não é verdade que o senhor dividiu e destruiu a Resistência do Uruguai porque o senhor apoiou posturas sedevacantistas?
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